Mostrar mensagens com a etiqueta Lengalengas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Lengalengas. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Uma duas d'argolinha

LENGALENGA


Uma duas d'argolinha
Põe o pé na pinculinha
O rapaz que jogo faz
Faz o jogo de capão
'Ch'ta cão Manel João
Diz à velha do cordão
que recolha o seu pezinho
Que recolha o seu pezão

Esta lengalenga é do avô. Eu não a conhecia.
Tem as características normais das lengalengas, incluindo aquelas palavras às quais davamos um sentido (ou não davamos nenhum) mesmo que o não tivessem. 
Lendo agora o que não é para ser lido e procurando entender o que é dito, surge-nos a dúvida quanto à palavra "pinculinha", bonita palavra! Diz aquele que foi criança que a "pinculinha" era a pontinha mais alta de um ramo de uma árvore. Diz o agora avô que "piculinha" deve ser uma deturpação de "pincarinha" (derivado de "píncaro"). 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Era uma vez um cuco que não gostava de couves


A C. e o T. gostam muito deste cuco que não gostava de couves...

Esta animação é do tempo da Rua Sésamo, dos melhores programas infantis de que há memória.



Era uma vez um Cuco
Que não gostava de couves.
Mandou-se chamar o pau
Para vir bater no cuco
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Ele ia sempre a dizer: “Couves não hei-de eu comer!”
Mandou-se chamar o fogo
Para vir queimar o pau
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Ele ia sempre a dizer: “Couves não hei-de eu comer!”
Mandou-se chamar a água
Para vir apagar o fogo
A água não quis apagar o fogo
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Ele ia sempre a dizer: “Couves não hei-de eu comer!”
Mandou-se chamar o boi
Para vir beber a água
O boi não quis beber a água
A água não quis apagar o fogo
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Ele ia sempre a dizer: “Couves não hei-de eu comer!”
Mandou-se chamar o homem
Para vir ralhar com o boi
O homem não quis ralhar com o boi
O boi não quis beber a água
A água não quis apagar o fogo
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Ele ia sempre a dizer: “Couves não hei-de eu comer!”
Mandou-se chamar o polícia
Para vir prender o homem
O polícia não quis prender o homem
O homem não quis ralhar com o boi
O boi não quis beber a água
A água não quis apagar o fogo
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Ele ia sempre a dizer: “Couves não hei-de eu comer!”
Mandou-se chamar a morte
Para vir matar o polícia
A morte quis matar o polícia
O polícia já quis prender o homem
O homem já quis ralhar com o boi
O boi já quis beber a água
A água já quis apagar o fogo
O fogo já quis queimar o pau
O pau já quis bater no cuco
O cuco já quis comer as couves
Era uma vez um cuco
Que já gostava de couves!
(retirado daqui: http://educamais.com/lengalenga-do-cuco/)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

lengalengas modernas I

E muito giras.
Parece-me.
Para abrir o apetite



 SALTOS                                                                                                              

Dá 1 salto para a esquerda
e 2 saltos para diante.
Quantos metros medirá
a tromba de um elefante?

Dá 1 salto para a frente
E 2 saltos para trás.
Quantos quilos pesará
a mochila do Tomás?

Dá 1 salto para a esquerda
e 2 saltos para a direita.
Quantos litros por minuto
aquela torneira deita?

Quantos quilos
quantos metros
quantos litros
queres  saber?

Vou medir
e vou pesar
p'ra depois te responder





Retirado daqui
http://www.planetatangerina.com/pt/loja/livros/tantos-animais-e-outras-lengalengas-de-contar

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

1,2,3

Calculo que esta seja a versão do Eugénio de Andrade do popular

Era uma vez
Um gato maltês
tocava piano
falava francês
a dona da casa chamava-se Inês
o número da porta era o trinta e três
Queres que te conte outra vez?

Então, aqui vai este gato maltês atrás da franga pedrês, como sói muito mais natural...

Um, dois, três,
lá vai outra vez
o gato maltês
a correr atrás da franga pedrês,
talvez a mordesse
apenas no pé,
o sítio certo
não sei bem qual é
(quatro, cinco, seis),
ou só lhe arranhasse
a ponta da crista,
e talvez nem isso,
seria só susto,
ou nem sequer mesmo
foi susto nenhum;
sete, oito, nove,
para dez falta um.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

De neto para avó

- Vamos ao moinho?
- Sim.
- Levamos uma cabacinha de vinho?
- Sim.
- Penduramo-la num carvalhinho?
- Sim.
- Vamos ver quem é o galo e a galinha?

- Ffffffffff (som de sopro...)

«Ganhei!», diz o J.
Quem soprar mais forte ganha, explica o J., perante o meu ar de quem não estava a perceber muito bem...
«Quem sopra mais forte é o galo», completa a mãe.

Nunca tinha ouvido esta lengalenga.
É divertida, como todas costumam ser.
E gostei muito de a ter aprendido do meu querido neto.

domingo, 16 de setembro de 2012

O macaco de rabo cortado

Qundo vou a uma livraria, seja qual for o propósito, nunca deixo de visitar a secção infantil.  Hoje encontrei um livro do António Torrado, com adaptações de histórias tradicionais. A primeira é relativa ao Macaco de Rabo Cortado. Como é que ainda não me tinha lembrado desta história! É que me parece que será do agrado do J.

A história de um macaco maroto que por causa do seu rabo cortado decide andar a tirar, dar e voltar a pedir é muito engraçada!

A lengalenga final é fácil de decorar

De rabo fiz navalha;
de navalha fiz sardinha;
de sardinha fiz farinha;
de farinha fiz menina;
de menina fiz camisa;
de camisa fiz viola;
tum, tum, tum,
que eu vou p'ra Angola
tum,tum, tum
que eu vou p'ra Angola

A história, tal como a aprendi, pode ser lida e vista aqui, de onde também retirei as imagens que aqui deixo http://santa-nostalgia.blogspot.pt/2009/07/o-macaco-de-rabo-cortado-viagens-pelos.html

As ilustrações são da artista plástica, Maria Keil, há pouco tempo falecida (12 de Junho).








- Ora, o macaco, passado um tempo, o que foi fazer?

- Pedir a camisa de volta! Pois claro!

- E a camisa? Estava nova?

- Claro que não!!! A camisa já tinha sido muito, muito usada. Tão usada que até já estava....estragada, quer dizer, neste caso, rota.

Escusado será dizer que o tonto do macaco não faz mais nada... zumba! Num gesto rápido tira a viola das maõs do músico!!

E então, todo contente - e desafinado - acrescento eu, cantou esta canção com voz de macaco!

A adaptação do escritor António Torrado está aqui

http://ebemoniz.prof2000.pt/projectos/9A/macaco/historia2.htm

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Bom dia!

Nunca ouvi senão a meu Pai...
E lembro-me como repetia, com toda a ênfase
e muito senhor da sua graça...

- Bom dia, muito bom dia

Diz o melro p'ra cotovia...

E a cotovia? Que dizia?

- Bom dia, muito bom dia...

E não é que gosto disto?

Ainda não chegou a altura de o entoar ao J. e à C.. Mas falta pouco!


Tão balalão

Como é que só hoje me lembrei do Tão balalão???!!!
Desta toada que acompanha um balouçar divertido...

Tão balalão
Cabeça de cão
Orelhas de gato
Não tem coração

Tão balalão
Cabeça de cão
Menino(a) bonito(a)

Não tem!?...                                                                     Coração!!!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Lengalenga impossível

Não sei bem se era uma lengalenga, isto que ouvia ao meu Pai, sempre com grande encantamento...
Dentro de pouco tempo, que o tempo passa sempre mais depressa do que aquilo que possamos pensar, conto contar esta história impossível ao J. e à C.

Era noite,
O sol brilhava por entre as trevas de um claro dia.
Um jovem ancião,
Sentado de pé
Num banco de madeira de cantaria,
Muito calado assim dizia:
- Era e não era no tempo da hera,
Tinha o meu pai morto, minha mãe por nascer.
Disseram-me que não podia ser.
Pus as pernas às costas e deitei-me a correr;
Subi por uma escada abaixo e desci por ela acima;
Lá em cima estava um pessegueiro carregado de maçãs,
Colhi-lhe avelãs.
Veio o dono dos marmelos e disse:
- Ó ladrão larga os meus figos
 que o meu pai tinha-os guardado
Para dar aos seus amigos!

domingo, 24 de julho de 2011

A versão do avô

Bichinha gata
Donde vens farta?
Que comeste por lá?
Sopinhas de leite
Não me deste delas?
Afoga-te com elas.
Sape, sape, sape

Uma lengalenga que os meus netos já ouviram...

Bichinha gata

Bichinha gata
Que comeste tu?
Sopinhas de leite
Onde as guardaste?
Debaixo da arca
Com que as tapaste?
Com o rabo do gato
Sape, sape, sape!

(Por acaso, tirei daqui: http://web.educom.pt/pr1305/fabula04.htm)