segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Livro com cheiro a baunilha ou que bela é a palavra "gargalhada"


Esta coleção de livros com cheiro (também há com sabor a chocolate e a morango!) fez-me lembrar as borrachas, que adorava quando era criança, com cheiro a morango... só apetecia comer (acho mesmo que as mordia!!). Não sei bem se estes livros com cheiro são uma boa ideia... Afinal, o que vem lá dentro são histórias! É verdade que são saborosas, mas não por causa da baunilha!!!

Bem, ofereci este livro à C. há algum tempo e experimentei uma história. A que me pareceu a mais adequada. Escolhi «A mais bela do mundo». Não me pareceu ter tido grande recepção. Mas um facto é de assinalar: o T. adorou a palavra «gargalhada». Desatou a repeti-la com gosto. Não sabemos exactamente que gosto é este das palavras, mas o T. anda a descobri-lo!!!

O livro pode ser lido aqui: http://cataflash.catalivros.org/lm14/LM_0001_consola.html

O ratinho marinheiro




A C. e o T. andam entusiasmados com esta história de um ratinho aventureiro que se tornou marinheiro!

Numa casca de noz feita navio se lançou às ondas...

Valente ratinho que viaja pelo mar entre peixes grandes, pequenos e pequeninos...

Destemido ratinho que uma baleia engole e... desengole!

Ratinho, ratinho que decide, por fim, descansar.

Afinal, a vida de ratinho é em terra!!! Pois é lá que se encontram os queijinhos!!!

Para ler a história: http://www.slideshare.net/oceanodaspalavras4/o-ratinho-marinheiro-9198311


Para ver e ouvir, numa animação interessante em português do Brasil:

sábado, 29 de agosto de 2015

História de um raio!

Retirado daqui: http://sociedaderaio.blogspot.pt/2010/09/sociedade-do-raio.html

1- “Rai’s  te parta (o homem, a mulher, etc….)!” Rai's parta isto! Ou, simplesmente, Rai's parta!
2- “Ah! Homem (mulher) de um raio!”
Há uma diferença muito grande entre estas duas expressões populares que usam ambas o termo «raio». Ora vejamos:
No 1º caso, a expressão utiliza-se em momentos de zanga e é como uma praga… Raios venham que te partam! É popular e não é socialmente muito bem vista... Apesar de não ser o que se costuma dizer "uma asneira", não é uma expressão muito polida e não convém usá-la, pelo menos em público, a não ser que o falante não se importe de ser considerado "pouco educado". 
No 2º caso, temos uma expressão utilizada como admiração por qualquer feito prodigioso… Também é popular, mas não tem a conotação da primeira.
Como se pode compreender a diferença entre o significado destas duas expressões?
O avô Gil, homem dado aos clássicos e às latinidades, que depois de ler os Grandes Poetas, aqueles de quem todos ouvimos falar e de quem os netos também hão-de ouvir falar, como HOMERO, OVÍDEO, DANTE… passou para os menores (que são grandes à mesma, claro, mas um bocadinho menos que os anteriores) como por exemplo APOLÓNIO de RODES ou LUCANO, parece ter encontrado nestes poetas antigos uma resposta (mais uma, aliás). Assim, acreditava-se que, sendo o raio lançado pelo deus Júpiter (entre os romanos), o sítio onde este tocava passava a ser sagrado. Por isso, era assinalado como sagrado (uma pedra, um altar, um marco) ... era o que se pode chamar...“lugar de um raio”!. Assim, dizer de alguma coisa ou de alguém que “é de um raio” é apontar-lhe algo de extraordinário, como que tendo sido tocado pelo divino.
Bem sei que isto é explicação prematura para os meus netos (mas a alternativa é só virem a saber com a minha idade J).
É que Avó prevenida vale por duas. Quando surgir oportunidade, estou preparada!
Júpiter (séc.II d.c. atualmente no Museu do Louvre)
PS – Já agora, os Antigos acreditavam que o raio voltava para trás, para as mãos de Júpiter.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Sei um ninho...





Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.

Mas escusam de me atentar
Nem o tiro nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar este segredo comigo
E ter depois um amigo
Que faça o pino a voar.


                                                       Miguel Torga 

terça-feira, 18 de agosto de 2015

As estações do ano




Botticelli, Primavera (1477-82)
(imagem retirada de http://renascimento-pintura.blogs.sapo.pt/476.html)

Dantes, as estações do ano eram a Primavera, o Verão, o Outono e o Inverno. Lembro-me de como gostava da Primavera, muito especialmente porque pensava nela como uma pessoa de família... prima Vera! Não tem grande graça, bem sei, mas nessa altura parecia-me muito apropriado, principalmente porque pensava sempre nela como uma menina muito bonita e vaporosa... Ela chegava e o frio do Inverno ia-se embora, desapareciam os desconfortáveis casacos e os campos ficavam bem bonitos, salpicados de muitas cores. O Verão era assim, como o nome, redondo e quente. Não me agradava tanto, apesar de saber a férias e a mar. O Outono também era bom. Apesar do cair das folhas, vinha com cheiro a castanhas e a recomeço. O seu tempo morno pedia já aconchego. Depois vinha o Inverno e fazia frio e fazia chuva e trovejava. Não me parecia nada agradável, apesar do Natal e dos meus anos. No fundo, acho que só havia uma estação. O resto eram apeadeiros.
Agora, parece-me tudo um pouco mais esvanecido. Deram cabo das estações.
Agora, só existem, simplesmente, primavera, verão, outono e inverno... um qualquer substantivo igual a casaco, sapato, camisola, cachecol. Por isso, em cada dia, a cada hora, podemos encontrar aquela que já foi uma estação. Assim, hoje de manhã encontrei a Primavera, à hora de almoço deparei-me com o Verão, ao fim da tarde com o vento do Outono que tudo varre e estou à espera de ficar com os pés frios do Inverno...


Tudo isto a propósito da constatação da C. que, ao chegar a Inglaterra vinda do Chipre, comentou que estava Inverno...