segunda-feira, 22 de julho de 2013

Faísca Mcqueen e seus amigos

 
Já perdi a conta aos carrinhos que o J. tem desta coleção.
E quando penso que já acabaram as novidades, logo aparece um objecto de desejo, inesperadamente, numa visita ao hipermercado!
 
A Sally! A bela Sally! A namorada do Mcqueen. Namorada, pois.
 ( se fosse portuguesa seria a Célia, como disse acertadamente o avô G.)
 
 
 
 
Por mais esforço que faça, não consigo entender estas ditas «novidades» senão como formas de fazer negócio rentáveis.
Procuro ser sensata a lidar com estas situações.
A alegria do J. paga todo este esforço.
 
 
 
 
 

De neto para avó

- Vamos ao moinho?
- Sim.
- Levamos uma cabacinha de vinho?
- Sim.
- Penduramo-la num carvalhinho?
- Sim.
- Vamos ver quem é o galo e a galinha?

- Ffffffffff (som de sopro...)

«Ganhei!», diz o J.
Quem soprar mais forte ganha, explica o J., perante o meu ar de quem não estava a perceber muito bem...
«Quem sopra mais forte é o galo», completa a mãe.

Nunca tinha ouvido esta lengalenga.
É divertida, como todas costumam ser.
E gostei muito de a ter aprendido do meu querido neto.

domingo, 14 de julho de 2013

Alouette gentille alouette

Para mim esta canção é do tempo em que por cá se dizia que os bebés vinham de França nos bicos das cegonhas...
é do tempo em que de Paris chegava a cultura e a filosofia...
em que para França partiam os pobres e os ricos
                          os estudantes os pintores os prosadores e os poetas

alouette gentille alouette
je te plumerai le bec

não voltavam ou voltavam
traziam palavras
chegavam com canções
com ideias e com esperança

a França era um lugar para se desejar

esta canção é agora do tempo em que da França já não chegam palavras
e pouca já é a filosofia
poucos partem poucos chegam
já lá não moram sonhos

alouette gentille alouette
je te plumerai la tête

E assim, sem cabeça, gentil cotovia
andamos todos
que tudo nos cortam
as asas
e as asas
o bico
e o bico

alouette gentille alouette
soa bem
é bom de se entoar
mesmo que cotovia seja uma palavra mais bonita
e a história de uma cotovia a quem tudo depenam seja uma história triste

"depenar" também é uma palavra mais bonita do que "plumer"
E ainda mais bonita é a expressão "perder a pena"...

o que vale é que aprendemos estas canções no tempo em que não havia porquês
assim as repetimos sem explicações
e com o mesmo entusiasmo infantil...

alouette gentille alouette
alouette je te plumerai....


Gosto desta versão... será do ritmo, do ar indiferente da cotovia? A verdade é que já conquistou a C. e o J.



A seguinte é uma versão mais literal...





quarta-feira, 5 de junho de 2013

O que nós, afinal, já sabíamos...


A música apreende-se em idades muito novas

A orientação musical deve acompanhar outras aquisições
como a fala ou escrita

2013-06-05


A música ajuda no relacionamento com os outros.
A música ajuda no relacionamento com os outros.
Observando directamente a relação dos recém-nascidos com a música, Helena Rodrigues, coordenadora do Laboratório de Música e Comunicação na Infância (LAMCI) conclui que a sensibilidade musical ocorre em idades muito precoces.

“A investigação de João Pedro Reigado, levada a cabo no Laboratório de Música e Comunicação na Infância do CESEM da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa, sustenta a hipótese de que os processos de aquisição da voz cantada se desenrolam durante o segundo ano de vida. De acordo com dados de observação directa, é possível que isto ocorra numa idade ainda mais precoce”, explica Helena Rodrigues.

Nos primeiros meses de vida acontecem aquisições que são determinantes para a aprendizagem. Há estudos que revelam que o recém-nascido possui desde cedo competências para interagir e comunicar. “Assim, a qualidade da orientação musical a fornecer logo após o nascimento é de grande importância como base para outro tipo de aprendizagens, pois a actividade musical é global e é uma fonte de estímulo para a aquisição de competências linguísticas, espaciais e sociais”, explica a investigadora.

A aprendizagem musical deve começar de modo informal, tal como acontece com a aquisição de outros conhecimentos, nomeadamente a língua, a escrita e leitura. “Em termos musicais é necessária uma preparação idêntica à que precede a entrada de uma criança na escola para aprender a ler ou a escrever ou para resolver problemas de matemática. Este período de instrução informal deverá ser como que um prelúdio para a instrução formal a ocorrer posteriormente”, adianta Helena Rodrigues.

A música tem um efeito sobre o bebé e tem também efeito sobre a relação com os pais. A música acarreta um sentido de pertença, um sentimento que “necessitamos bem cedo nas nossas vidas”. Helena Rodrigues diz não ter dúvidas “de que a música tem um potencial de conexão muito forte e que através de práticas musicais podemos mediar a descoberta fabulosa de nos relacionarmos com outros seres humanos”.

Estas conclusões são retiradas, em parte, da observação directa da relação de bebés e pais em sessões musicais promovidas pelo Laboratório de Música e Comunicação na Infância.

Esta entidade, criada em em 2009 no âmbito do projecto “Desenvolvimento Musical na Infância e Primeira Infância” financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, é um espaço que permite a observação do comportamento musical num contexto de interacção naturalista dispondo de condições para análise em vídeo.

Neste momento, colaboradores do Laboratório procuram aplicar critérios de observação objectiva para a descrição e análise de várias situações de interacção de musical. O LAMCI acolhe ainda as sessões de Música de Colo, que juntam pais e bebés aos sábados de manhã, e é “uma estrutura logística que tem dado grande apoio às actividades de formação desenvolvidas na FCSH e tem um papel determinante no Projecto Opus Tutti. As palavras-chave do tipo de trabalho que desenvolvemos são: Investigar/ Formar/ Criar / Intervir. Ou seja, a filosofia do LAMCI caracteriza-se pela adopção de fórmulas de trabalho em que se procurar articular mundos que tradicionalmente andam separados”, conclui Helena Rodrigues.


http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=57823&op=all

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Le métèque

Há canções bonitas. Façam parte ou não da nossa história.
Há filmes bonitos.
Todas as coisas belas tendem a perpetuar-se no tempo.
É assim que eu penso.

Agora, que a morte fez com que se ouvisse falar de Moustaki,
também eu me recordei das suas canções e
escolho esta, que encontrei no youtube acompanhada de um excerto do filme «The Kid» com o inconfundível Charlot...


domingo, 5 de maio de 2013

Minha Mãe

Mais uma canção que não é para crianças.

Gosto muito desta balada do Zeca Afonso. De tal modo que já está neste blog desde 2 de Agosto de 2011 (Esta não é uma canção para crianças!) Agora descobri no youtube esta versão do Adriano. Apesar de gostar muito dele e achar que tem uma claridade na voz que me seduz irremediavelmente, nesta canção gosto mais da interpretação do Zeca Afonso, que considero mais profunda e intimista.



domingo, 21 de abril de 2013

Quem se lembra dos Marretas?

O que me vale é o bom gosto dos meus netos...
Isto de ser avó é um privilégio! A vida continua a ser uma surpresa contínua. E não só por causa da redescoberta dos Marretas, claro. Muppets, muppets... tenho que me habituar a esta linguagem...