Poema Pial
Toda a gente que tem as mãos frias
Deve metê-las dentro das pias.
Pia número UM,
Para quem mexe as orelhas em jejum.
Pia número DOIS,
Para quem bebe bifes de bois.
Pia número TRÊS,
Para quem espirra só meia vez.
Pia número QUATRO,
Para quem manda as ventas ao teatro.
Pia número CINCO,
Para quem come a chave do trinco.
Pia número SEIS,
Para quem se penteia com bolos-reis.
Pia número SETE,
Para quem canta até que o telhado se derrete.
Pia número OITO,
Para quem parte nozes quando é afoito.
Pia número NOVE,
Para quem se parece com uma couve.
Pia número DEZ,
Para quem cola selos nas unhas dos pés.
E, como as mãos já não estão frias,
Tampa nas pias!
(retirado daqui: http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/fileadmin/CASA_FERNANDO_PESSOA/Imagens/servico_educativo/Poema_Pial.pdf)
Há aqui coisas muito estranhas!!!!
Só mesmo as crianças são capazes de entender!!!
Segundo li e está no livro das cartas de Fernando Pessoa para a Ofelinha, ele dedicou-lhe este poema que fez, salvo erro, numa viagem de comboio entre Casa Branca e Barreiro. Acho um poema adequado à dolência dos comboios da época e à Ofelinha que toda a gente sabe usava calcinhas cor de rosa por ser a cor dos bebés:))
ResponderEliminarPois tenho que dizer que tanto me faz que tenha escrito para A ou para B. Gosto deste non sense. Com Ofélia, sem Ofélia, com absinto, sem absinto, com ópio, sem ópio, com comboio, sem comboio... acima de tudo está a poesia sem metafísica. Ah! E o chocolate. Nunca esquecer o chocolate.:))
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