Da Lourinhã, aqui tão perto, continuam a surgir notícias de dinossauros. De dinossauros que, como o J. se assegurou na sua recente visita ao Pavilhão da Ciência ( aqui noticiada) , estão todos, mesmo todos, muito mortos e não apenas um bocadinho.
Depois do assim baptizado Lourinhanosaurus Antunesi (Lagarto da Lourinhã), e de outros Lorinhanosaurus, ora carnívoros, ora herbívoros, depois da descoberta dos ovos mais antigos com embriões, desta vez de Torvosaurus, um dinossauro dos carnívoros, temos a descoberta de um fóssil de um outro dinossauro carnívoro, de seu nome de família - ao que parece - Celurossauros. E são estes que teriam dado origem aos actuais galináceos e que permitiram o título interessante da última exposição em Lisboa sobre dinossauros, Quando as galinhas tinham dentes. Estranho, pois, mas a vida é toda estranha.
Aqui está a última pedra, perdão, o último fóssil descoberto do dito e a notícia do Público de 3 de setembro:
«O Museu da Lourinhã anunciou esta terça-feira a descoberta do fóssil de um dinossauro carnívoro, acompanhado de uma mão-cheia de achados de dinossauros encontrados durante a campanha de escavações deste ano nos afloramentos do Jurássico Superior daquela região, com cerca de 150 milhões de anos.
“Este ano, os resultados incluíram pegadas e ossos, com destaque para um dinossauro carnívoro de pequeno porte, com menos de dois metros de comprimento. Este esqueleto de dinossauro não está completo, mas está muito bem conservado e articulado (com os ossos na posição anatómica, tal como em vida), o que é muito raro”, refere o comunicado do museu. “A análise preliminar indica que poderá tratar-se de um representante de um grupo de dinossauros carnívoros raros em Portugal, os celurossauros.”
Na campanha, coordenada pelo paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, foram ainda recolhidas pegadas de dinossauros saurópodes, ornitópodes e de pterossauros. “Uma das pegadas de saurópode, com 120 centímetros de comprimento, é uma das maiores que se conhecem”, frisa o comunicado. “Também se descobriram pequenos fósseis, destacando-se a mandíbula de um mamífero, o que é igualmente raro.”
Todo este material recolhido está agora no laboratório de paleontologia do Museu da Lourinhã, onde terá de ser preparado para poder ser estudado. Só com esses estudos se poderá perceber exactamente as espécies de dinossauros a que pertencem os fósseis recolhidos e a sua importância.
O Museu da Lourinhã ficou mundialmente conhecido em 1997, quando foi revelada a descoberta de os ovos com embriões de dinossauros carnívoros bípedes, com 150 milhões de anos. Tinham sido encontrados em 1993. Já em 2013, voltaram a descobrir-se na zona da Lourinhã centenas de fragmentos de cascas de ovos, com ossos de embriões e dentes com 150 milhões de anos. Estes dois achados são os ovos de dinossauros carnívoros mais antigos do mundo. Ovos ainda mais antigos, só os de dois dinossauros herbívoros, encontrados na África do Sul e na China, ambos com cerca de 190 milhões de anos.»
Imaginem só esta bela paisagem há 150 000 000 de anos, cheia de dinossauros!
Ela hoje pode estar cheia, mas será de vários exemplares vivos de
homo sapiens sapiens, omnívoros, de cerca de 1,60, em tom de pele variável consoante a altura do ano, de comportamentos estranhos, por vezes parecidos com o dos animais de sangue frio que ficam parados ao sol e com ele se aquecem. Existem no planeta Terra há uns módicos 120 mil anos e nenhum deles alguma vez se confrontou com os enormes e, a maior parte deles, temíveis dinossauros, pois, por essa altura, já estes tinham sido extintos. Estes ditos sapiens já fizeram mais mal ao planeta do que qualquer ser vivo nele existente desde sempre! E vivem na crença de que a Natureza existirá sempre para o servir por mais malfeitorias que lhe faça.
Imagem suposta de um dinossauro, o assustador T-Rex, já extinto, muito morto:
Imagem suposta de um homo sapiens, exemplar extinto, muito morto: