domingo, 16 de dezembro de 2012

mar de outubro mar de sempre



 
Já Dezembro vai adiantado e não quero que fique esquecido... O mar, sempre este mar que nos olha como se estivesse à nossa espera... para nos envolver no seu movimento eterno.
 
Ilusão de quietude.
 
Desta vez parece que o céu se vai abater sobre ele e que vai desaparecer num buraco de luz.

domingo, 25 de novembro de 2012

As meninas da ribeira do sado é que é

Tenho cá a impressão que a próxima vez que o J. cá vier ainda nos vamos divertir com esta canção e este video...
Alentejo de novo, agora com os Adiafa.

O pai J. deve lembrar-se...
Todos nos lembramos ( e também do nosso saudoso amigo que a cantava com tanta graça e de quem a aprendi...)

Aqui vai a letra:

Estala a bomba
E o foguete vai no ar
Arrebenta e fica todo queimado
Não há ninguém que baile mais bem
Que as meninas da ribeira do Sado


As meninas da ribeira do Sado é que é
Lavram na terra com as unhas dos pés

As meninas da ribeira do Sado
São como as ovelhas
Têm carrapatos atrás das orelhas


Era um daqueles dias bem chalados
Em que o sol batia forte nas cabeças
As meninas viram que eu estava apanhado
E disseram nunca mais cá apareças


Mas não fui e entretive-me a bailar com três
Queriam que eu fosse atrás no convés
Mas não fui e mandei-as irem dar banho ao meu canário
Que bateu as botas com dores num ovário


Estala a bomba
E o foguete vai no ar
Arrebenta e fica todo queimado
Não há ninguém que baile mais bem
Que as meninas da ribeira do Sado


As meninas da ribeira do Sado é que é
Lavram na terra com as unhas dos pés

As meninas da ribeira do Sado
São como as ovelhas
Têm carrapatos atrás das orelhas


Têm carrapatos, têm carrapatos, têm carrapatos, têm carrapatos,
têm carrapatos, têm carrapatos, têm carrapatos, têm carrapatos,
têm carrapatos, têm carrapatos, têm carrapatos, têm carrapatos,
têm carrapatos atrás das orelhas!



E o divertido video

Rouxinóis, caracóis e bichos móis



Como há muito tempo que não dou notícias

Só para que não pareça que este blog está esquecido





CANCIONEIRO DE SERPA
http://www.joraga.net/gruposcorais/pags09_pautas_09_CSerpa_MRitaOPC/0482_CdeSerpa_MRitaCortez_p148_050_passarada.htm


Canção renovada na voz do Vitorino e do Janita Salomé.

É divertida e acho que o J. vai gostar.

Então, aqui vai


Namorei uma rapariga,
"Pares de meias
Nem me dês!"

Quais, quais, oliveiras, olivais
Pintassilgos, rouxinóis,
Caracóis, bichos móis,
Morcegos, pássaros negros,
Tarambolas, galinholas,
Perdizes e codornizes,
Cartaxos e pardais,
Cucos, milharucos,
Cada vez há mais.

Calçasse eu as que calçasse,
Sempre tinha frio nos pés.

Quais, quais, oliveiras, olivais
Pintassilgos, rouxinóis,
Caracóis, bichos móis,
Morcegos, pássaros negros,
Tarambolas, galinholas,
Perdizes e codornizes,
Cartaxos e pardais,
Cucos, milharucos,
Cada vez há mais.

domingo, 16 de setembro de 2012

O macaco de rabo cortado

Qundo vou a uma livraria, seja qual for o propósito, nunca deixo de visitar a secção infantil.  Hoje encontrei um livro do António Torrado, com adaptações de histórias tradicionais. A primeira é relativa ao Macaco de Rabo Cortado. Como é que ainda não me tinha lembrado desta história! É que me parece que será do agrado do J.

A história de um macaco maroto que por causa do seu rabo cortado decide andar a tirar, dar e voltar a pedir é muito engraçada!

A lengalenga final é fácil de decorar

De rabo fiz navalha;
de navalha fiz sardinha;
de sardinha fiz farinha;
de farinha fiz menina;
de menina fiz camisa;
de camisa fiz viola;
tum, tum, tum,
que eu vou p'ra Angola
tum,tum, tum
que eu vou p'ra Angola

A história, tal como a aprendi, pode ser lida e vista aqui, de onde também retirei as imagens que aqui deixo http://santa-nostalgia.blogspot.pt/2009/07/o-macaco-de-rabo-cortado-viagens-pelos.html

As ilustrações são da artista plástica, Maria Keil, há pouco tempo falecida (12 de Junho).








- Ora, o macaco, passado um tempo, o que foi fazer?

- Pedir a camisa de volta! Pois claro!

- E a camisa? Estava nova?

- Claro que não!!! A camisa já tinha sido muito, muito usada. Tão usada que até já estava....estragada, quer dizer, neste caso, rota.

Escusado será dizer que o tonto do macaco não faz mais nada... zumba! Num gesto rápido tira a viola das maõs do músico!!

E então, todo contente - e desafinado - acrescento eu, cantou esta canção com voz de macaco!

A adaptação do escritor António Torrado está aqui

http://ebemoniz.prof2000.pt/projectos/9A/macaco/historia2.htm

Flauta Mágica

Esta é uma surpresa para a mãe da C.


Aos meus olhos e ouvidos, esta interpretação de Kenneth Branagh é extraordinária. Ainda não ouvi tudo, mas fiquei encantada com a Abertura e andei aos saltitos pelo resto. Admito que para um verdadeiro melómano seja uma heresia ou para uma interpretação iniciática da obra, como parece ter sido intenção do autor, mas para um público menos erudito e exigente, a ideia de associar a luta com o dragão- serpente à situação humana, demasiado humana da guerra é notável. E o modo como a música acerta com a imagem!
Além disso, vejamos, Kenneth Branagh não é um qualquer!!! Também tem créditos, ora essa!

Agora é só procurar a Parte II no caso de interessar:)

sábado, 15 de setembro de 2012

Um rato verde

Hoje o J. cantou para mim a canção que tinha aprendido esta semana «na escolinha».

Cantou-a toda sem hesitação!!!

Tenho um neto com veia musical. Disso não há dúvida.

Como gosto de me manter atualizada relativamente aos gostos do meu neto, deixei tudo para trás e corri para o youtube!

Logo encontrei «Une souris verte».

Para não mais esquecer a primeira canção cantada em francês, ao telefone (sim, sim, ao velhinho telefone), pelo J., para a sua avó.

Agora, aguardo que o J. me diga qual a versão e o video do qual gosta mais.









Os relógios despertadores são uma boa ideia

Hoje fiquei a saber pela voz do J. que já tem um despertador.
Ora, um despertador para quê?

«Para acordar de manhã para ir para a escolinha!»

«Uma escolinha grande!»

«De meninos grandes!»


Há todas as razões para termos esperança! Enquanto houver despertadores, escolinhas e vontade de crescer!!!

Pudera! Os despertadores de hoje acordam com música!
E que música!

A dos Schtroumpfs!

E para que ficasse esclarecida ouvi o meu querido J. a cantá-la para mim.

Quando ele aqui vier (que eu sei que ele virá) talvez goste destes dois videos que aqui deixo :)

Eu gostei muito de o ouvir e só com ele descobri o encanto que um despertador pode ter...



e em português, os Smurfs (não sei a razão desta opção pela tradução inglesa)...



Bate bate coração

Sabíamos que o J. cantava esta canção (talvez mais propriamente o refrão...), com a entoação e a respiração de uns três anos ladinos e irrequietos

Mas só cantava quando lhe apetecia ou quando a voz da sua mãe o estimulava

Todas as canções que as crianças que amamos cantam ganham um estatuto encantatório e passam a não caber em nenhuma classificação... a música não é boa nem é má, nem pirosa nem pimba, a letra não é interessante nem deixa de ser...  Não é isso que importa. Até confundimos músicas e letras (mais do que o habitual...)

Passado um tempo, a única coisa que verdadeiramente existe é o nosso registo interior, é a imagem daquele ser tão pequenino vindo ao mundo, sempre pelas nossas mãos, e que nos oferece sem saber as nossas mais intensas e boas recordações.

Não há-de uma mãe duas vezes estar grata?

A canção de que falo já não pode ser mais encontrada.
Apenas a canção criada e interpretada pelo malogrado Carlos Paião.
Ora aqui está ela!

http://www.youtube.com/watch?v=xaEr9_xKzLc

(só consigo este video do Youtube, com o próprio Carlos Paião a cantar, neste formato!)

Cinderela pois então!

E porque acho interessante a interpretação do autor do «Chico Fininho», coloco aqui as duas!





quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Vamos ter de volta a abelha Maia!!!


A personagem Abelha Maia, figura da popular série televisiva de animação que estreou em Portugal em 1978 e que marcou uma geração, foi criada há 100 anos pelo escritor alemão Waldemar Bonsels.
A abelha Maia fez cem anos!!! E, para comemorar, vamos ter uma nova série para 2013.

Eis a notícia retirada daqui:
http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=2714616&seccao=Televis%E3o&page=-1

O autor, originário da cidade de Hamburgo, escreveu o livro infantil "A Abelha Maia e as suas aventuras" para os filhos, tendo publicado a obra em setembro de 1912.

Até ao final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o livro vendeu cerca de 90 mil exemplares.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a obra tornou-se famosa entre os soldados alemães na frente de batalha e em 1954, dois anos depois da morte de Bonsels, alcança a marca de um milhão de exemplares vendidos.

No 60.º aniversário da morte de Bonsels, assinalado no passado dia 31 de julho, um grupo de intelectuais alemães analisou a vida e a obra do escritor.
"Bonsels apresentou no livro um inquietante eixo moral do amigo-inimigo", afirmou o especialista em literatura Sven Hanuschek da Universidade Ludwig-Maximilian de Munique, citado pela imprensa internacional.

A personagem de Bonsels foi adaptada para televisão em 1976, numa co-produção do Japão, Alemanha e Áustria.

Segundo Josef Gohlen, o 'pai' da série televisiva, o objetivo foi criar uma abelha diferente daquela que surge no livro de Bonsels.

"Um pouco mais emancipada e antiautoritária", afirmou Gohlen, recordando que "a abelha valente da obra de Bonsels não era muito popular nos anos 1960", porque "o autor era acusado de cooperar com os nazis".

A personagem, sempre acompanhada pelos amigos Willy (abelha) e Flip (gafanhoto), acabou por ser traduzida em mais de 40 idiomas e transformou-se numa estrela internacional até hoje recordada com nostalgia.

Para assinalar este aniversário, a televisão pública alemã ZDF vai produzir 78 novos episódios da "Abelha Maia" em três dimensões, que devem estar prontos em 2013.

Aproveito, então, para deixar aqui o genérico da série na versão portuguesa



 
Mais um ponto em comum entre a minha geração (que a conheceu através dos filhos..) a dos meus filhos e a dos filhos dos meus filhos...

E, como vivemos num mundo globalizado, e os meus netos, segundo me parece, terão de ser poliglotas... vou colocar aqui a versão francesa (gosto  mais da portuguesa...)

 
 
E a inglesa
 
 
 
 
E a grega :))
 
 


E já agora, na versão alemã




Mais uma canção para cantarolar ao J. e à C. Na minha versão..
Só me lembro da canção e do ar simpático da abelhita. A única abelhita no mundo que considero simpática. Apesar de eu saber que se ela ferra, morre (no que me parece ser grande castigo, principalmente comparando com a vespa que a um olhar míope como o meu é muito parecida...), apesar de saber como são amigas das flores (bem sei da polinização...), apesar de saber que produzem o mel que faz tão bem aos humanos... a minha alergia (alergia mesmo a sério) a este ingrediente do «néctar dos deuses» acaba por me fazer considerar qualquer abelha como um inimigo indispensável!

Quem serão os artistas que interpretarão a nova canção? Só agora fiquei a saber (afinal, é tão evidente) que o genérico tem as vozes da Ágata e do Tó Zé Brito.

 



 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Chamava-se Nini...

Num dos posts anteriores, a despropósito, referi-me ao «Namoro» do Sérgio Godinho.
E, ideia puxa ideia, lembrei-me desta canção do Paulo de Carvalho que, isto é que É MUITO IMPORTANTE,
o J. cantava tão bem.
Apenas com 3 anos.

Não, não foi a avó que cantou para ele.
Foi a sua linda mamã.

Há canções assim... de avós, de filhos, de filhos dos filhos

Chamava-se Nini
Vestia de organdi
E dançava
Dançava...

Dançava só p'ra mim
Uma dança sem fim
E eu olhava
Olhava...

Isto também é um bocadinho, mais do que um bocadinho, de avó

Diz-se das conversas que são como as cerejas. Uma conversa puxa a outra - presumo que é isto que acontece com as cerejas, pelo menos quando estamos a comê-las:) - e está-se assim a conversar sem rumo nem fito. Claro que hoje em dia este dito anda um pouco esquecido, pois há muito pouco tempo para conversas. E quanto a compreender a comparação, tenho também a dizer que as cerejas só existem em certas zonas do país, todos os anos há largos prejuízos por causa da chuva antes do tempo, do granizo ou do calor excessivo e quando chegam ao mercado ou ao supermercado são sempre muito caras para o bolso do português da classe média, cada vez mais baixa.
Vem isto a propósito do post anterior, porque, afinal, também os pensamentos são como as cerejas... e, como dizia, o post anterior fez-me lembrar as canções-histórias do Sérgio Godinho e os belos romances populares como o da Bela Infanta ou o do Conde Nino (ou do Conde Alemanha..). Ora estes romances já me parecem ser muito próprios para cantar à J. ou ao C., dentro de pouco tempo. Assim não me falte o tempo, o engenho e a arte.
Para já, vou deixar aqui uma versão do belo Romance do Conde Nino que descobri no Youtube cantada pelo Paco Ibanez. Não resisto à voz do Paco Ibanez e a esta história mágica...



Afinal, também envcontrei a versão portuguesa na voz do Luís Cília - que saudade - com um belíssimo acompanhamento (muito superior ao do Paco Ibanez, verdade seja dita). Foi com ele, aliás, que tomei conhecimento desta história trágica de amor.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Isto é um bocadinho, só um bocadinho, de avó

«De pequenino se torce o pepino»
 
Diziam os adultos, quando eu era pequenita, com ar grave justificando uma repreensão, uma chamada de atenção... Com esta expressão queria dizer-se que as crianças deveriam ser educadas desde cedo. Esta educação significava que deveriam ser contrariadas nas suas tendências, admoestadas e levarem até umas valentes palmadas. Nada disto provocaria problemas no seu crescimento, antes pelo contrário, seria condição para um crescimento vigoroso e saudável. Não me pronuncio acerca das virtudes desta educação baseada nesta comparação agrícola, até porque não percebo nada de pepinos e, por sinal, caem-me muito mal. Salada que leve pepino é de imediato afastada do meu cardápio.
Portanto... vem isto a propósito do post anterior e do título do álbum de Sérgio Godinho «De pequenino se torce o destino». A letra é aparentemente simples, assim como a música, e há um jogo interessante na repetição das palavras e com a sua sonoridade. A letra é pequenina, como acontece com ele noutros casos, e distancia-se da anterior e de muitas outras que chegam a ser uma espécie de «romance».
 
 
De pequenino
de muito pequenino
se torce o destino
se torce o destino

Primeiro sem saber porquê
e depois com um quê
de quem já sabe de saber mudar
de quem já sabe de saber fazer
uma outra terra no mesmo lugar
um lugar feito para gente viver
e mesmo que seja longo
mesmo que vá demorar

De pequenino
de muito pequenino
se torce o destino
se torce o destino
 
 

Isto não é bem de avó

Pois é..
Isto é apenas uma música e uma letra bonitas.
Não sei onde estarão as «cartas em papel perfumado» de que a canção fala quando o J. e a C. passarem por este sentimento... De há muito que não se fala em cartas, quanto mais em papel perfumado. Mas não duvido que será eterno o perfume e o encanto dos olhos que se olham nos olhos e de um sorriso «só para mim»...

Canção «O Namoro» retirada do álbum "De Pequenino se Torce o Destino" de 1976 por Sérgio Godinho.

Mandei-lhe uma carta em papel perfumado
e com letra bonita eu disse, ela tinha
um sorriso luminoso tão triste tão gaiato
como o sol de Novembro brincando de artista
nas acácias floridas, na fímbria do mar

Sua pele macia era sumauma
sua pele macia, cheirando a rosas
seus seios laranja, laranja do Loje
eu mandei-lhe essa carta
e ela não disse que não

Mandei-lhe um cartão
que o amigo maninho tipografou
"por ti sofre o meu coração"
num canto "sim", noutro canto "não"
e ela o canto do "não" dobrou

Mandei-lhe um recado pela Zefa do sete
pedindo e rogando de joelhos na chão
pela Senhora do Cabo, pela Sta Efigénia
me desse a ventura do seu namoro
e ela disse que não

Mandei à Vó Xica, quimbanda da fama
a areia da marca que o seu pé deixou
para que fizesse um feitiço bem forte e seguro
e dele nascesse um amor como o meu
e o feitiço falhou

Andei barbado, sujo e descalço
como um monangamba procuraram por mim
não viu, não viu, não viu o Benjamim
e perdido me deram no morro da Samba

Para me distrair levaram-me ao baile
do Sr. Januário, mas ela lá estava
num canto a rir, contando o meu caso
às moças mais lindas do bairro operário

Tocaram a rumba e dancei com ela
e num passo maluco voamos na sala
qual uma estrela riscando o céu
e a malta gritou: "Aí Benjamim!"

Olhei-a nos olhos, sorriu para mim
pedi-lhe um beijo, la la la la la
e ela disse que sim
e ela disse que sim

domingo, 9 de setembro de 2012

Mozart, Flauta Mágica, Parte 1

A Flauta Mágica numa versão em língua inglesa, com a chancela da BBC, a pensar num público infantil.
Mais uma descoberta da mãe da C.
Para encantar miúdos e graúdos. Cada um à medida das suas possibilidades, com os seus tempos e ritmos próprios. por enquanto, a C. gosta da parte inicial e da ária do Papageno!
Aguardo a reacção do J.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Test Drive

«Um test drive é a condução de um automóvel para aferir a sua dirigibilidade e estado geral de funcionamento».
Bem me parecia!... mas conferi na Wikipédia.

Pos já sei que o J. recebeu o seu Finn MacMissile

Espero que se esteja a portar bem. Tem toda a obrigação disso!

Vejamos os testes que o avô G. fez e como ele se mostrou à altura!!!

1º Concentrado. Preparando-se para a partida.



2º Concentrado. Iniciando a marcha.


3º Concentrado. Em velocidade controlada.

4º Concentrado. Em velocidade... 


5º Chegada à meta!!! VITORIOSO! 


 OUTRO TESTE 


Com um ar bem maroto, como quem diz...«isto para mim é canja!»


Ora bem, depois de todos estes testes, achámos que o FinnMc Missil estava em condições para seguir viagem...

E lá foi, todo contente, para a companhia dos seus amigos e do seu proprietário!....

Que tem uma já antiga (!) paixão por carros e tem a quem sair!!! Ei-lo aqui com cinco (?) na mão,
que mais não cabiam!

A avó estava a tentar perceber as características de cada um e acho que, pelo menos, conseguiu distinguir as cores:
o amarelo,
o azul,
o vrede,
o vemelho...



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Tanto mar II

Sempre o mar...
Não sei o que a C. pode ter sentido! Ainda não detém o poder das palavras...



Cada vez que vejo o mar imenso vem-me sempre à memória a exclamação do J.

Tanto Mar!


Este mar eterno e imenso

E lembro uma canção cantada por Amália dita «Canção do Mar», depois de ter sido «Solidão»...

As imagens são deste preciso mar que o J. e a C. contemplam...
deste mar frio e agreste do Oeste...

 (o autor deste belo filme - que bom o preto e branco! - escolheu para Amália a praia, o mar e o vento de Santa Cruz e Peniche...)
Não resisto em a colocar aqui, apesar de não ser uma canção infantil, embora não possa jurar que não a venha a trautear muito em breve para os meus netos. Há muitos modos de a cantar e ninguém (muito menos eu!) consegue dar toda a carga de emoção que vem da voz única de Amália.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Isto é de avó, de filha, de neta...(que post tão longo, mas Lorca merece)

A C. tem um hábito curioso... ouve Cohen à hora do banho. A sua mamã acha que a filha deve ouvir desde cedo a música que se ouve lá em casa, quer dizer, as músicas que a mamã gosta. A semana passada a C. passou uns dias com a sua avó e, claro, os hábitos são para se manter! à hora do banho, lá estava o CD a girar e o Cohen a cantar. Antes de a música se ouvir lá começava a C. a dançar e só depois do rabinho a dar a dar e dos bracinhos no ar estava apta a ir para o banho! E de manhã o mesmo ritual! Acho extraordinário dançar com o Cohen, mas é claro que para a C. Cohen a cantar Garcia Lorca é exatamente igual a qualquer um a cantar a Oliveirinha da Serra (que já aqui coloquei)e quejandos. E Valsa, Vira, Fandango, Tango... é tudo igual. Nesse aspecto, é muito parecida com a avó! 
Visto isto, tenho que deixar aqui Cohen a cantar Take this Waltz (a primeira música do CD). E o que eu aprendi, querida C., enquanto procurava o video! Depois de conhecer esta música há anos, há mais anos do que a tua querida mamã, é que vim a saber (até coro!) que se tratava de uma homenagem ao grande poeta Federico Garcia Lorca (de que tanto gosto). Pois é! Há muito que tinha descoberto como era bom ter filhos, pois são fontes permanentes de aprendizagem! Acho até que os trabalhadores com filhos de adolescente para cima, deviam estar dispensados de acções ditas de formação, ditas de actualização!!!

O primeiro Video, ao que parece promocional, e com alguma polémica à mistura (informação do youtube).




E agora, esta descoberta espantosa (descoberta para mim, claro)! Aliás, com este blog tenho confirmado que a minha ignorância é como a crise portuguesa: um poço sem fundo e sem fim à vista! 
Ana de Belén a cantar em espanhol. Não consigo fazer comparações. Esta é outra canção. Tão bela como a primeira. Com a vantagem da pronúncia espanhola que eu adoro no canto!


E, podendo acompanhar o belíssimo castelhano (Te quiero, te quiero, te quiero)  resolvo deixar a letra (uma adaptação do original) e também o poema original na tradução portuguesa do nosso maior tradutor da língua castelhana, José Bento (Federico García Lorca, Antologia Poética, Lisboa, Relógio D'Água, 1993, p. 339). É claro que apesar de tudo, a tradução fica muito aquém do original!

En Viena hay diez muchachas,
un hombro donde solloza la muerte
y un bosque de palomas disecadas.
Hay un fragmento de la mañana
en el museo de la escarcha.
Hay un salón con mil ventanas.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals con la boca cerrada.

Este vals, este vals, este vals, este vals,
de sí, de muerte y de coñac
que moja su cola en el mar.

Te quiero, te quiero, te quiero,
con la butaca y el libro muerto,
por el melancólico pasillo,
en el oscuro desván del lirio,
en nuestra cama de la luna
y en la danza que sueña la tortuga.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals de quebrada cintura.

En Viena hay cuatro espejos
donde juegan tu boca y los ecos.
Hay una muerte para piano
que pinta de azul a los muchachos.
Hay mendigos por los tejados,
hay frescas guirnaldas de llanto.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals que se muere en mis brazos.

Porque te quiero, te quiero, amor mío,
en el desván donde juegan los niños,
soñando viejas luces de Hungría
por los rumores de la tarde tibia,
viendo ovejas y lirios de nieve
por el silencio oscuro de tu frente.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals, este vals del "Te quiero siempre".

En Viena bailaré contigo
con un disfraz que tenga
cabeza de río.
¡Mira qué orillas tengo de jacintos!
Dejaré mi boca entre tus piernas,
mi alma en fotografías y azucenas,
y en las ondas oscuras de tu andar
quiero, amor mío, amor mío, dejar,
violín y sepulcro, las cintas del vals.

(A letra copiei daqui http://www.youtube.com/watch?v=J89QW7TYqyE&feature=related)



PEQUENA VALSA VIENENSE

Em Viena há dez raparigas,
um ombro onde a morte soluça
e um bosque de pombas dissecadas.
Há um fragmento da manhã
no museu da geada.
Há um salão com mil janelas.

Ai, ai, ai, ai!
Toma esta valsa com a boca fechada.

Esta valsa, esta valsa, esta valsa,
de sim, de morte e de conhaque
que molha sua cauda no mar.

Quero-te, quero-te, quero-te,
Com a poltrona e o livro morto,
pelo tristonho corredor,
no sótão escuro do lírio,
na nossa cama da lua
e na dança que sonha a tartaruga.

Ai, ai, ai, ai!
Toma esta valsa de quebrada cintura.

Em Viena há quatro espelhos
onde brincam tua boca e os ecos.
Há uma morte para piano
que pinta de azul os rapazes.
Há mendigos pelos telhados.
Há frescas grinaldas de pranto.

Ai, ai, ai, ai!
Toma esta valsa que morre em meus braços.

Porque eu quero-te, quero-te, meu amor,
no sótão onde brincam as crianças,
sonhando velhas luzes da Hungria
pelos rumores da tarde morna,
vendo ovelhas e lírios de neve
no silêncio escuro de tua fronte.

Ai, ai, ai, ai!
Toma esta valsa do "Quero-te sempre".

Em Viena dançarei contigo
com um disfarce que tenha
cabeça de rio.
Olha que margens tenho de jacintos!
Deixarei minha boca entre as tuas pernas,
minha alma em fotografias e açucenas,
e nas ondas escuras de teu andar
quero, meu amor, meu amor, deixar,
violino e sepulcro, as fitas da valsa.

domingo, 5 de agosto de 2012

Isto afinal também é de avó

Hoje ouvi este Adagio pela manhã, na Antena 2, quando ia fazer algumas compras ao mercado.

Como gosto desta música!.. Parece que me apazigua... que me faz sentir uma tristeza boa e vitoriosa.

Este post é um intervalo na minha profissão de avó. Que me desculpem os meus netos!...




Afinal, este mundo da net é uma caixinha de surpresas. J. toma atenção. Encontrei estas baleias,

animais de que tanto gostas, baleias grandes e baleias pequenas, baleias mamãs e baleias bebés a

nadar pelos mares ao som desta música!!! Não é tão bonito?!!

Penso que são baleias azuis, mas não tenho a certeza. Tu, que és um estudioso de animais, quando

puderes, não te esqueças de confirmar à avó, pode ser?




quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Oliveirinha da serra

Imaginam uma menina com 17 meses a dançar ouvindo esta música?



Aqui numa versão mais trabalhada... que não me parece dar muito para dançar...

As pombinhas da Catrina (versão politicamente correta)

Já me tinha interrogado como é que nos dias de hoje se cantaria esta canção!... Quando eu a aprendi cantava-se a dada altura «...ó minha mãe não me bata qu'eu inda sou pequenina...». Ora, isso não é linguagem politicamente correta! Hoje, sei lá, seria normal, tipo...«ó minha filha não me batas que te compr'outa cantarinha...»
Ouvindo agora a canção vi que a solução foi muito simples... Desaparece a letra e só fica a música... Quem sabe canta com a letra, quem não sabe trauteia...


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Uma canção sem música

Acho que esta é mesmo uma canção infantil! É do José Barata-Moura e creio que deve ser do Fungagá da Bicharada.
Quando a descobrir no Youtube ou a conseguir fazer ouvir não perderei tempo! Entretanto fica a letra.
Quem sabe trauteia, quem não sabe... inventa e vê os bonecos!
É que lembrei-me dela ontem e cantei-a à C.!


O pato quá quá quá                                                                        

O grilo gri gri gri                       

O pássaro piu piu

E o cão ão ão

Resolveram fazer esta canção



Quá quá quá quá quá                                   

gri gri gri gri gri                            








piu piu



                                                                 
Ão Ão

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Onde há uma avó, há um avô...

Este livro foi uma oferta do J, para o avô.
Todos os dias são dias bons para oferecermos livros a quem gostamos e que gostam deles...







E... surpresa das surpresas! No final - contra o que é habitual, pois então - estava este miminho...


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dia Mundial dos Avós

Vivemos numa sociedade em que quase cada dia é um dia de...
Dia 26 de Julho parece ser o Dia dos/para os Avós. Só há pouco tempo comecei a ouvir falar desse dia e, embora tenha muitas objecções acerca de todos esses ditos dias, hoje sabe-me bem pensar no significado de ser avó.
E começo a sentir-me um elo, que desejo que seja importante, para os novos elementos que acabam de chegar e que fazem crescer essa rede de afectos a que chamamos família.
E sinto-me grata
A minha avó, que me fez desejar ser como ela (a que distância estou, meu Deus, a que distância..)
A meu Pai, cuja ternura descobri através do olhar, dos gestos, do sorriso que os netos lhe deixavam no rosto
A minha Mãe, pela qual descobri o significado da contingência da vida e entendi os disfarces do sofrimento, a força que pode ter um passado cristalizado em memórias, em papéis a preto e branco cujo peso, sentido e afecto só a ela se revelam
A meu Marido, o homem que me amou desde sempre por inteiro, com tudo o que eu era. Nesse tudo estavam já duas crianças que eu amava e me pertenciam, não como uma forma de ter, mas como uma parte do meu ser
A meus Filhos, aos que já pertencem também a uma nova família e ao que adquiriu o estatuto de Tio...
Ser Mãe foi  - é - um desafio, uma procura de fazer bem sem saber o que é o bem...
Ser Avó é o meu novo recomeço

A meus netos
porque eles são a celebração da vida
a irrupção da alegria

Por eles, descubro que sou mais do que eu própria


Hoje quero ouvir uma música que atravessa gerações

Escolho Vivaldi

Primeiro o Verão, em homenagem ao J.





Agora a Primavera, em homenagem à C.


terça-feira, 24 de julho de 2012

Madagáscar 3


Há já muito tempo, era o J. pequenino, ouvi-o cantar uma canção que desconhecia (a grande vantagem de ter filhos e netos é não ficar permanentemente no século passado...). Essa canção está neste blog, quase no princípio, e fiquei a saber que pertencia ao filme Madagáscar. Agora, ouvir falar deste filme alerta-me os sentidos...
Calculo que o J. vai gostar de ouvir de novo esta canção que ele sabe tão bem...





E vai gostar de ouvir um pouco do filme em português e




Em francês, pois então!!!





Quais as vozes mais bonitas???

Se me perguntassem, eu diria que eram as portuguesas... mas estou a ser tendenciosa...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Ah Ah Ah minha Machadinha

Cantei ontem pela primeira vez à C.



Vendo bem, e pensando no comentário ao post anterior, que raio de título é este?
E crianças com machados (uma machadinha deve ser um machado pequenino...)
E atirarem os machados pelo ar?! Mas que é isto????

terça-feira, 26 de junho de 2012

Era uma casa



Lembro-me de cantar aos meus filhos. Mas não sei de quando é esta canção tão engraçada.

O video também está divertido. Opinião de avó.



Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque pinico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na rua dos bobos
Número zero

Luzinha

Acabei de descobrir esta canção tão bonita na voz da encantadora Sara Tavares.
Será que conseguirei aprender?
Será que os meus netos gostarão de a ouvir aqui?


Não considero as imagens particularmente interessantes a não ser a última...
Faz-me lembrar, por mais de uma razão, o meu querido J.!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Era uma vez um rei

Não tenho a certeza se o J. sabe esta canção. Saberá?
No caso desta música, aceito a adaptação do original do José Barata-Moura.
Fico à espera da resposta do J.

A mudança do macaco Zacarias

O pai do J., a mãe da C. e o tio do J. e da C. cresceram ouvindo e sabendo estas músicas e estas letras divertidas. É do melhor que continua a existir para crianças. Lembro-me que o J., da última vez que cá esteve já a sabia cantar... Coisa que ele, aliás, faz muito bem!

É pena o video não ser mais animado. Mas a capa do disco, como se dizia no século passado, tem o desenho de um macaco bem giro. E só ouvir também é bom, pois é, J?

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A História do 1 e do 2


Esta história é dedicada ao meu querido J.



A HISTÓRIA DO UM E DO DOIS



Estava calor e a avó gosta muito de iogurtes líquidos fresquinhos… de morango, banana… qualquer um é bom. Tinha acabado de fechar a porta do frigorífico, estava com o iogurte líquido de banana na mão, quando ouviu, num som estranho mas nítido, o que, pela tonalidade, parecia ser uma discussão. A avó ficou parada, e não conseguiu deixar de escutar. Vou repetir para ti, meu querido J., a conversa que a avó ouviu entre dois dos números com que gostas de brincar na porta do frigorífico, que te vai deixar tão espantado como me deixou a mim!




- Já te disse, e escusas de te armar, que EU sou sempre o primeiro e o mais importante. Pois diz-me lá, hem, diz, diz, qual é o primeiro número que as crianças aprendem, qual é? Estás calado? Pois, custa-te admitir, não é? Digo-te eu. É O UM. O 1.

- Não percebo tamanha jactância (não sei como é que um número sabe usar esta palavra tão difícil…mas foi mesmo o que ouvi). TODA a gente sabe que o 2, DOIS, vale mais do que o um! Pois não sabes que dois euros valem mais do que um? TODA a gente sabe, e principalmente os meninos pequenos, que é bem melhor 2, DUAS, bolachas do que uma!

- Não percebes mesmo nada, pois não? DUAS bolachas é mais do que uma, porque duas bolachas é apenas… e agora toma toda a atenção: UMA bolacha MAIS UMA bolacha.

1+1=2



Depois disto, só ouvi um silêncio. Acho que tinham dado por mim. Os números, as flores, os animais, os brinquedos…só conversam quando nenhum humano está por perto.

Afastei-me sorrateiramente e fiquei a pensar nesta situação tão curiosa!!!


sábado, 16 de junho de 2012

Naturezas-mortas

Quando somos crianças (e até um pouco mais crescidinhos) há coisas que nos fazem confusão...
Para mim, uma delas era o título de certos quadros, que representavam normalmente coisas bonitas e algumas bem apetitosas... naturezas-mortas!
Pois estas maçãs e laranjas, tão a jeito de estender a mão, são, para além de maçãs e laranjas , uma natureza-morta?


Paul Cézanne,Pommes et oranges, vers 1899,huile sur toile, musée d'Orsay, Paris, France
E outros
com belas cerejas...
Pêssegos

Cestos de fruta,
cachos de uva caindo dos bordos das fruteiras

Tudo de fazer crescer água na boca...

Aquela palavra «morta» fazia-me confusão...
E afinal, natureza-morta é só um nome para as representações de objectos inanimados.
Algumas das naturezas-mortas cá de casa

Uma flor num solitário - quase morta

Uma violeta num vaso - bem vivinha







                                          Flores numa jarra - quase mortas
                                                   
Este morreu muito depressa...


Este nunca esteve vivo



Estas estão completamente mortas