Édipo e a Esfinge de Tebas, c. 470 a.C., Museo Gregoriano Etrusco, Vaticano
retirado de http://dimensaoestetica.blogspot.pt/2011/01/arte-e-os-enigmas-do-mundo.html
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A Esfinge, monstro feminino, cabeça de mulher, corpo de leão e com asas de ave de rapina...
reirada de: http://www.britishmuseum.org/research/collection_online/collection_object_details.aspx?objectId=398995&partId=1 |
A Esfinge que assolava a cidade de Tebas devorava quem não soubesse responder ao seu enigma:
Qual é o ser que caminha ora com dois pés, ora com três pés, ora com quatro e que é mais fraco quando usa o maior número de pés?
Édipo responde:
É o Homem, porque o homem gatinha na sua primeira infância, depois desloca-se sobre dois pés e apoiado num bordão no declinar da vida.
Depois desta resposta, a Esfinge, derrotada, atira-se para o abismo do alto do rochedo onde se encontrava e Édipo entra triunfante na cidade grega de Tebas!
Grande e trágico Édipo! A caminho da glória e da perdição. Ignorante, como qualquer humano, do seu destino!!!
Ainda não se sabe bem porquê, mas encantada com tamanha inteligência e ousadia, a C. depois de se certificar se Édipo já se tinha casado com alguém, declara a sua intenção: «Mãe, quero casar com Édipo!!!». Felizmente, nós sabemos que as afeições infantis desta natureza NUNCA se mantêm. E que os casamentos ocorrem em idades muito mais tardias.
Não comentamos o conflito edipiano e gostaríamos mesmo de saber se esta atração revelada por Édipo por parte de uma menina em início de fase de latência não seria razão suficiente para uma revisão do conceito psicanalítico. Afinal, o conflito de Édipo não terá de ser revisto à luz do que eu denominaria, influenciada por este que considero um case study, a atração pelo conhecimento? Afinal, Édipo, antes de ser aquele que comete um crime, é aquele que se apresenta como o que ousa desafiar a esfinge, aquele que confia em si ao ponto de arriscar a vida numa pergunta. Não é essa a melhor imagem daquele que é movido pela paixão do conhecimento? Não é essa a melhor imagem da humanidade? E essa ousadia, essa coragem não é profundamente atraente? Não foi por isso que a C. ficou encantada?
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