sábado, 29 de agosto de 2015

História de um raio!

Retirado daqui: http://sociedaderaio.blogspot.pt/2010/09/sociedade-do-raio.html

1- “Rai’s  te parta (o homem, a mulher, etc….)!” Rai's parta isto! Ou, simplesmente, Rai's parta!
2- “Ah! Homem (mulher) de um raio!”
Há uma diferença muito grande entre estas duas expressões populares que usam ambas o termo «raio». Ora vejamos:
No 1º caso, a expressão utiliza-se em momentos de zanga e é como uma praga… Raios venham que te partam! É popular e não é socialmente muito bem vista... Apesar de não ser o que se costuma dizer "uma asneira", não é uma expressão muito polida e não convém usá-la, pelo menos em público, a não ser que o falante não se importe de ser considerado "pouco educado". 
No 2º caso, temos uma expressão utilizada como admiração por qualquer feito prodigioso… Também é popular, mas não tem a conotação da primeira.
Como se pode compreender a diferença entre o significado destas duas expressões?
O avô Gil, homem dado aos clássicos e às latinidades, que depois de ler os Grandes Poetas, aqueles de quem todos ouvimos falar e de quem os netos também hão-de ouvir falar, como HOMERO, OVÍDEO, DANTE… passou para os menores (que são grandes à mesma, claro, mas um bocadinho menos que os anteriores) como por exemplo APOLÓNIO de RODES ou LUCANO, parece ter encontrado nestes poetas antigos uma resposta (mais uma, aliás). Assim, acreditava-se que, sendo o raio lançado pelo deus Júpiter (entre os romanos), o sítio onde este tocava passava a ser sagrado. Por isso, era assinalado como sagrado (uma pedra, um altar, um marco) ... era o que se pode chamar...“lugar de um raio”!. Assim, dizer de alguma coisa ou de alguém que “é de um raio” é apontar-lhe algo de extraordinário, como que tendo sido tocado pelo divino.
Bem sei que isto é explicação prematura para os meus netos (mas a alternativa é só virem a saber com a minha idade J).
É que Avó prevenida vale por duas. Quando surgir oportunidade, estou preparada!
Júpiter (séc.II d.c. atualmente no Museu do Louvre)
PS – Já agora, os Antigos acreditavam que o raio voltava para trás, para as mãos de Júpiter.

2 comentários:

  1. Bom...os italianos têm uma expressão semelhante para o raio da paixão. Não sei de onde vem nem para que mãos volta, mas parece que aqueles que são tocados por ele, é fatal como o destino, acabam juntos. Fim.

    Apesar da sacralidade de sermos tocados por um raio divino (dos de Júpiter), caso ele não seja metafórico, será melhor continuarmos profanos. Os raios deixam tudo preto, estorricado. Que o digam os porcos do meu pai que ficaram ali em filinha indiana, sem se conhecer o filho da mãe, os vizinhos dos vizinhos. Nã, nã...que os raios de Júpiter me passem ao largo.

    Oh, o avô Gil é homem de muita ciência. Ainda tem muito para dar ao mundo e o mundo a ele:))

    Beijinho

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Corroboro. Dele se pode dizer... Ah, homem de um raio!!:))

      Eliminar