sexta-feira, 21 de março de 2014

Dia Mundial de Poesia (3)

Conheço pouco poesia infantil. Apesar disso, atrevo-me a considerar a poetisa brasileira Cecília Meireles a que melhor consegue fazer poesia para crianças.
Parece simples? Parece. 
É simples? É. 
Aí está o talento.

Dedico especialmente ao J. 

O ECO

O menino pergunta ao eco
Onde é que ele se esconde
Mas o eco só responde: «Onde? Onde?»

O menino também lhe pede
«Eco, vem passear comigo!»

Mas não sabe se o eco é amigo
Ou inimigo.

Pois só lhe posso dizer:
«Migo!»




Dedico especialmente à C.

A Bailarina

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina

Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá
mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si
mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.



E o que dedico ao T.?

Uma porta é para abrir
Um degrau é p'ra subir

A sopa é para comer
A água é p'ra beber

A orelha é para ouvir
A boca é p'ra sorrir

A cama é para dormir
Ai que não quero ir, não quero ir...

( Não vá alguém não dar por isso...este poema não é da Cecília Meireles. Tem uma autoria mais caseira...)






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