A música apreende-se em idades muito novas
A orientação musical deve acompanhar outras aquisições
como a fala ou
escrita
2013-06-05
“A investigação de João Pedro Reigado, levada a cabo no Laboratório de Música e Comunicação na Infância do CESEM da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa, sustenta a hipótese de que os processos de aquisição da voz cantada se desenrolam durante o segundo ano de vida. De acordo com dados de observação directa, é possível que isto ocorra numa idade ainda mais precoce”, explica Helena Rodrigues.
Nos primeiros meses de vida acontecem aquisições que são
determinantes para a aprendizagem. Há estudos que revelam que o recém-nascido
possui desde cedo competências para interagir e comunicar. “Assim, a
qualidade da orientação musical a fornecer logo após o nascimento é de grande
importância como base para outro tipo de aprendizagens, pois a actividade
musical é global e é uma fonte de estímulo para a aquisição de competências
linguísticas, espaciais e sociais”, explica a investigadora.
A aprendizagem musical deve começar de modo informal, tal como acontece com a aquisição de outros conhecimentos, nomeadamente a língua, a escrita e leitura. “Em termos musicais é necessária uma preparação idêntica à que precede a entrada de uma criança na escola para aprender a ler ou a escrever ou para resolver problemas de matemática. Este período de instrução informal deverá ser como que um prelúdio para a instrução formal a ocorrer posteriormente”, adianta Helena Rodrigues.
A música tem um efeito sobre o bebé e tem também efeito sobre a relação com os pais. A música acarreta um sentido de pertença, um sentimento que “necessitamos bem cedo nas nossas vidas”. Helena Rodrigues diz não ter dúvidas “de que a música tem um potencial de conexão muito forte e que através de práticas musicais podemos mediar a descoberta fabulosa de nos relacionarmos com outros seres humanos”.
Estas conclusões são retiradas, em parte, da observação directa da relação de bebés e pais em sessões musicais promovidas pelo Laboratório de Música e Comunicação na Infância.
Esta entidade, criada em em 2009 no âmbito do projecto “Desenvolvimento Musical na Infância e Primeira Infância” financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, é um espaço que permite a observação do comportamento musical num contexto de interacção naturalista dispondo de condições para análise em vídeo.
Neste momento, colaboradores do Laboratório procuram aplicar critérios de observação objectiva para a descrição e análise de várias situações de interacção de musical. O LAMCI acolhe ainda as sessões de Música de Colo, que juntam pais e bebés aos sábados de manhã, e é “uma estrutura logística que tem dado grande apoio às actividades de formação desenvolvidas na FCSH e tem um papel determinante no Projecto Opus Tutti. As palavras-chave do tipo de trabalho que desenvolvemos são: Investigar/ Formar/ Criar / Intervir. Ou seja, a filosofia do LAMCI caracteriza-se pela adopção de fórmulas de trabalho em que se procurar articular mundos que tradicionalmente andam separados”, conclui Helena Rodrigues.
A aprendizagem musical deve começar de modo informal, tal como acontece com a aquisição de outros conhecimentos, nomeadamente a língua, a escrita e leitura. “Em termos musicais é necessária uma preparação idêntica à que precede a entrada de uma criança na escola para aprender a ler ou a escrever ou para resolver problemas de matemática. Este período de instrução informal deverá ser como que um prelúdio para a instrução formal a ocorrer posteriormente”, adianta Helena Rodrigues.
A música tem um efeito sobre o bebé e tem também efeito sobre a relação com os pais. A música acarreta um sentido de pertença, um sentimento que “necessitamos bem cedo nas nossas vidas”. Helena Rodrigues diz não ter dúvidas “de que a música tem um potencial de conexão muito forte e que através de práticas musicais podemos mediar a descoberta fabulosa de nos relacionarmos com outros seres humanos”.
Estas conclusões são retiradas, em parte, da observação directa da relação de bebés e pais em sessões musicais promovidas pelo Laboratório de Música e Comunicação na Infância.
Esta entidade, criada em em 2009 no âmbito do projecto “Desenvolvimento Musical na Infância e Primeira Infância” financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, é um espaço que permite a observação do comportamento musical num contexto de interacção naturalista dispondo de condições para análise em vídeo.
Neste momento, colaboradores do Laboratório procuram aplicar critérios de observação objectiva para a descrição e análise de várias situações de interacção de musical. O LAMCI acolhe ainda as sessões de Música de Colo, que juntam pais e bebés aos sábados de manhã, e é “uma estrutura logística que tem dado grande apoio às actividades de formação desenvolvidas na FCSH e tem um papel determinante no Projecto Opus Tutti. As palavras-chave do tipo de trabalho que desenvolvemos são: Investigar/ Formar/ Criar / Intervir. Ou seja, a filosofia do LAMCI caracteriza-se pela adopção de fórmulas de trabalho em que se procurar articular mundos que tradicionalmente andam separados”, conclui Helena Rodrigues.
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=57823&op=all
Encontro muito interessantes estes estudos. E lembro-me de um bebé que ouvia música clássica no berço e me parece ter sido, dado que já cresceu, um bom contributo. Mas já quase retiraram a música dos currículos escolares(nunca foi grande coisa) não existe em Portugal verdadeiro interesse pela cultura musical das massas. O que se descubra com bebés, na infância e sobretudo na primeira infância, fica num nicho. Quase tudo em Portugal existe em nichos.
ResponderEliminarA música reúne.
Bj