quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Test Drive

«Um test drive é a condução de um automóvel para aferir a sua dirigibilidade e estado geral de funcionamento».
Bem me parecia!... mas conferi na Wikipédia.

Pos já sei que o J. recebeu o seu Finn MacMissile

Espero que se esteja a portar bem. Tem toda a obrigação disso!

Vejamos os testes que o avô G. fez e como ele se mostrou à altura!!!

1º Concentrado. Preparando-se para a partida.



2º Concentrado. Iniciando a marcha.


3º Concentrado. Em velocidade controlada.

4º Concentrado. Em velocidade... 


5º Chegada à meta!!! VITORIOSO! 


 OUTRO TESTE 


Com um ar bem maroto, como quem diz...«isto para mim é canja!»


Ora bem, depois de todos estes testes, achámos que o FinnMc Missil estava em condições para seguir viagem...

E lá foi, todo contente, para a companhia dos seus amigos e do seu proprietário!....

Que tem uma já antiga (!) paixão por carros e tem a quem sair!!! Ei-lo aqui com cinco (?) na mão,
que mais não cabiam!

A avó estava a tentar perceber as características de cada um e acho que, pelo menos, conseguiu distinguir as cores:
o amarelo,
o azul,
o vrede,
o vemelho...



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Tanto mar II

Sempre o mar...
Não sei o que a C. pode ter sentido! Ainda não detém o poder das palavras...



Cada vez que vejo o mar imenso vem-me sempre à memória a exclamação do J.

Tanto Mar!


Este mar eterno e imenso

E lembro uma canção cantada por Amália dita «Canção do Mar», depois de ter sido «Solidão»...

As imagens são deste preciso mar que o J. e a C. contemplam...
deste mar frio e agreste do Oeste...

 (o autor deste belo filme - que bom o preto e branco! - escolheu para Amália a praia, o mar e o vento de Santa Cruz e Peniche...)
Não resisto em a colocar aqui, apesar de não ser uma canção infantil, embora não possa jurar que não a venha a trautear muito em breve para os meus netos. Há muitos modos de a cantar e ninguém (muito menos eu!) consegue dar toda a carga de emoção que vem da voz única de Amália.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Isto é de avó, de filha, de neta...(que post tão longo, mas Lorca merece)

A C. tem um hábito curioso... ouve Cohen à hora do banho. A sua mamã acha que a filha deve ouvir desde cedo a música que se ouve lá em casa, quer dizer, as músicas que a mamã gosta. A semana passada a C. passou uns dias com a sua avó e, claro, os hábitos são para se manter! à hora do banho, lá estava o CD a girar e o Cohen a cantar. Antes de a música se ouvir lá começava a C. a dançar e só depois do rabinho a dar a dar e dos bracinhos no ar estava apta a ir para o banho! E de manhã o mesmo ritual! Acho extraordinário dançar com o Cohen, mas é claro que para a C. Cohen a cantar Garcia Lorca é exatamente igual a qualquer um a cantar a Oliveirinha da Serra (que já aqui coloquei)e quejandos. E Valsa, Vira, Fandango, Tango... é tudo igual. Nesse aspecto, é muito parecida com a avó! 
Visto isto, tenho que deixar aqui Cohen a cantar Take this Waltz (a primeira música do CD). E o que eu aprendi, querida C., enquanto procurava o video! Depois de conhecer esta música há anos, há mais anos do que a tua querida mamã, é que vim a saber (até coro!) que se tratava de uma homenagem ao grande poeta Federico Garcia Lorca (de que tanto gosto). Pois é! Há muito que tinha descoberto como era bom ter filhos, pois são fontes permanentes de aprendizagem! Acho até que os trabalhadores com filhos de adolescente para cima, deviam estar dispensados de acções ditas de formação, ditas de actualização!!!

O primeiro Video, ao que parece promocional, e com alguma polémica à mistura (informação do youtube).




E agora, esta descoberta espantosa (descoberta para mim, claro)! Aliás, com este blog tenho confirmado que a minha ignorância é como a crise portuguesa: um poço sem fundo e sem fim à vista! 
Ana de Belén a cantar em espanhol. Não consigo fazer comparações. Esta é outra canção. Tão bela como a primeira. Com a vantagem da pronúncia espanhola que eu adoro no canto!


E, podendo acompanhar o belíssimo castelhano (Te quiero, te quiero, te quiero)  resolvo deixar a letra (uma adaptação do original) e também o poema original na tradução portuguesa do nosso maior tradutor da língua castelhana, José Bento (Federico García Lorca, Antologia Poética, Lisboa, Relógio D'Água, 1993, p. 339). É claro que apesar de tudo, a tradução fica muito aquém do original!

En Viena hay diez muchachas,
un hombro donde solloza la muerte
y un bosque de palomas disecadas.
Hay un fragmento de la mañana
en el museo de la escarcha.
Hay un salón con mil ventanas.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals con la boca cerrada.

Este vals, este vals, este vals, este vals,
de sí, de muerte y de coñac
que moja su cola en el mar.

Te quiero, te quiero, te quiero,
con la butaca y el libro muerto,
por el melancólico pasillo,
en el oscuro desván del lirio,
en nuestra cama de la luna
y en la danza que sueña la tortuga.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals de quebrada cintura.

En Viena hay cuatro espejos
donde juegan tu boca y los ecos.
Hay una muerte para piano
que pinta de azul a los muchachos.
Hay mendigos por los tejados,
hay frescas guirnaldas de llanto.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals que se muere en mis brazos.

Porque te quiero, te quiero, amor mío,
en el desván donde juegan los niños,
soñando viejas luces de Hungría
por los rumores de la tarde tibia,
viendo ovejas y lirios de nieve
por el silencio oscuro de tu frente.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals, este vals del "Te quiero siempre".

En Viena bailaré contigo
con un disfraz que tenga
cabeza de río.
¡Mira qué orillas tengo de jacintos!
Dejaré mi boca entre tus piernas,
mi alma en fotografías y azucenas,
y en las ondas oscuras de tu andar
quiero, amor mío, amor mío, dejar,
violín y sepulcro, las cintas del vals.

(A letra copiei daqui http://www.youtube.com/watch?v=J89QW7TYqyE&feature=related)



PEQUENA VALSA VIENENSE

Em Viena há dez raparigas,
um ombro onde a morte soluça
e um bosque de pombas dissecadas.
Há um fragmento da manhã
no museu da geada.
Há um salão com mil janelas.

Ai, ai, ai, ai!
Toma esta valsa com a boca fechada.

Esta valsa, esta valsa, esta valsa,
de sim, de morte e de conhaque
que molha sua cauda no mar.

Quero-te, quero-te, quero-te,
Com a poltrona e o livro morto,
pelo tristonho corredor,
no sótão escuro do lírio,
na nossa cama da lua
e na dança que sonha a tartaruga.

Ai, ai, ai, ai!
Toma esta valsa de quebrada cintura.

Em Viena há quatro espelhos
onde brincam tua boca e os ecos.
Há uma morte para piano
que pinta de azul os rapazes.
Há mendigos pelos telhados.
Há frescas grinaldas de pranto.

Ai, ai, ai, ai!
Toma esta valsa que morre em meus braços.

Porque eu quero-te, quero-te, meu amor,
no sótão onde brincam as crianças,
sonhando velhas luzes da Hungria
pelos rumores da tarde morna,
vendo ovelhas e lírios de neve
no silêncio escuro de tua fronte.

Ai, ai, ai, ai!
Toma esta valsa do "Quero-te sempre".

Em Viena dançarei contigo
com um disfarce que tenha
cabeça de rio.
Olha que margens tenho de jacintos!
Deixarei minha boca entre as tuas pernas,
minha alma em fotografias e açucenas,
e nas ondas escuras de teu andar
quero, meu amor, meu amor, deixar,
violino e sepulcro, as fitas da valsa.

domingo, 5 de agosto de 2012

Isto afinal também é de avó

Hoje ouvi este Adagio pela manhã, na Antena 2, quando ia fazer algumas compras ao mercado.

Como gosto desta música!.. Parece que me apazigua... que me faz sentir uma tristeza boa e vitoriosa.

Este post é um intervalo na minha profissão de avó. Que me desculpem os meus netos!...




Afinal, este mundo da net é uma caixinha de surpresas. J. toma atenção. Encontrei estas baleias,

animais de que tanto gostas, baleias grandes e baleias pequenas, baleias mamãs e baleias bebés a

nadar pelos mares ao som desta música!!! Não é tão bonito?!!

Penso que são baleias azuis, mas não tenho a certeza. Tu, que és um estudioso de animais, quando

puderes, não te esqueças de confirmar à avó, pode ser?




quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Oliveirinha da serra

Imaginam uma menina com 17 meses a dançar ouvindo esta música?



Aqui numa versão mais trabalhada... que não me parece dar muito para dançar...

As pombinhas da Catrina (versão politicamente correta)

Já me tinha interrogado como é que nos dias de hoje se cantaria esta canção!... Quando eu a aprendi cantava-se a dada altura «...ó minha mãe não me bata qu'eu inda sou pequenina...». Ora, isso não é linguagem politicamente correta! Hoje, sei lá, seria normal, tipo...«ó minha filha não me batas que te compr'outa cantarinha...»
Ouvindo agora a canção vi que a solução foi muito simples... Desaparece a letra e só fica a música... Quem sabe canta com a letra, quem não sabe trauteia...